Lá atrás, onde nem ser ousámos pensar que existisse... havia um mundo.
Um mundo tão dividido contendo em si duas realidades tão distintas: Um caminho de ferro com muitas estações e uma estrada de terra batida. Coexistiam em paralelo!
O caminho de ferro não tinha princípio nem fim e a todo o momento passavam composições!
No caminho de terra batida, havia um multidão que caminhava desordenada paralelamente à linha do comboio, uns para outros A para O. Andavam sem saber muito bem, muitas vezes mudavam de direcção, mas enquanto caminhavam para trás e para a frente pouco progrediam numa das direcções.
Ao longo deste caminho havia muitas estações e apeadeiros que convidavam à paragem e à subida a uma das composições.
Parar, para subir ao comboio não é sinal de fraqueza nem resignação, é tão somente reconhecer uma opção, um caminho que se quer fazer... aceitar que é esta a direcção que eu quero - é libertação
O caminho de ferro é uma caminho de Deus, de eternidade, que a toda hora nos projecta. É um caminho que acompanha esta multidão que caminha por vezes errante... mas que está presente para garantir, que em qualquer momento da vida de cada um há a possibilidade de subir.
Uns com o discernimento mais apurado, desde pequenos entram neste comboio, outros mais tarde conseguem reconhecer pelo trabalho de uma vida o que realmente importa - Deus.
Sonho que sonhei
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